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Arquitetos: Bernard Tschumi Architects
- Área: 10000 m²
- Ano: 2014
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Fotografias:Iwan Baan
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Fabricantes: ASCENDER Seating, Aprotec, Blumer Lehmann, VetroTech Saint-Gobain
Descrição enviada pela equipe de projeto. O novo edifício inspira o campus com uma imagem arquitetônica contemporânea, mantendo as qualidades que fizeram da escola uma instituição reverenciada. Como permanecer suficientemente abstrato para evitar entrar numa batalha formal com o entorno existente? Uma outra questão diz respeito aos requisitos do programa - sala de concertos, conservatório musical, estúdios de arte, centro de aprendizagem, teatro caixa-preta, biblioteca, escritórios, salas de hóspedes, e assim por diante. Eles deveriam ser espalhados no terreno ou encontrar um denominador comum entre eles?
Sentimos que os vários aspectos do programa deveriam se interseccionar num único lugar, e propusemos um edifício baixo, com uma cúpula - uma envoltória metálica que parece emergir da paisagem, brilhando durante o dia e refletindo a luz ambiente do campus pela noite.
Do ar, a cúpula aparece como um objecto distintivo, mas ao nível do solo sua curvatura se encaixa na paisagem. Em planta, sua forma lembra uma rosa ou uma roseta - a alusão apropriada para Le Rosey.
O objetivo da distribuição das atividades é a clareza e legibilidade. Na chegada, o visitante encontra a sala de concertos principal, as salas de conferência, e o teatro caixa-preta. À esquerda estão os espaços educacionais no piso térreo. Para a direita, o acesso ao centro da aprendizagem e ao restaurante, que também tem uma entrada independente localizada próxima ao seu terraço. Uma série de aberturas laterais articula a periferia. Um pátio para a entrada principal e a sala de concertos está localizada ao longo da fachada oeste.
Estudos de planta e corte evidenciaram o papel desempenhado pelos sólidos e vazios, os objetos no espaço, ou os espaços dentro dos objetos.
Localizado no centro de um vazio semi-esférico, um objeto sólido complexo contém quatro espaços vazios retangulares: a sala de concertos, o teatro caixa-preta, a sala de ensaios de música e a biblioteca. O vazio entre a cúpula e esse objeto central é um espaço dinâmico de movimento e trocas fluidas. Em contraste, os quatro vazios no interior do objeto central são intencionalmente estáticos.
O conceito arquitetônico do edifício articula-se em três partes: primeiro, a cúpula com a sua estrutura exterior de aço e aço inoxidável; segundo, a base com dois níveis de concreto cuidadosamente detalhados acomodando estúdios de arte, salas de prática, centro de aprendizagem, bastidores, e todos os escritórios; e terceiro, o núcleo de madeira contendo a sala de concertos, o teatro caixa-preta, sala de ensaios de música e a biblioteca.
Materiais desempenham um papel na conceituação do projeto: a parte mais importante do programa, a sala de concertos, encaixa-se sob a cúpula e é revestida interna e externamente com painéis de aglomerado de madeira prensada (OSB), para contrastar com a envoltória externa metálica. Essa estratégia de envelope duplo também ajuda a isolar a sala de concerto acusticamente, de modo a atenuar o ruído das linhas ferroviárias próximas.
Cada material é expresso e detalhado especificamente para reforçar o conceito da caixa de madeira sob uma cúpula de aço. O vidro está presente apenas como separação vertical entre exterior e interior ou público e privado e (em formas alternativamente transparentes ou reflexivas) como um painel.